Andrade Gutierrez fecha renegociação no Equador


Andrade Gutierrez fecha renegociação no Equador


A Andrade Gutierrez Concessões renegociou o contrato de concessão do Aeroporto de Quito, no Equador.

Um acordo de aliança estratégica, que encerrou o impasse criado, foi assinado em Quito entre o governo equatoriano, a concessionária, seus acionistas e os financiadores da concessão.

A Andrade Gutierrez entrou no projeto, já em andamento, para atuar como concessionária no aeroporto existente na capital, em 2004, quando negociou a participação com antigos acionistas da concessão.

A companhia também investe na construção de um novo aeroporto, que ficaria sob sua administração.

Com a chegada ao poder de Rafael Correa e com a alta da movimentação do aeroporto, o governo de Equador quis rediscutir a participação da Andrade Gutierrez.

Durante o período de negociação, os bancos que financiavam o projeto pararam de enviar dinheiro e as obras do novo aeroporto desaceleraram muito.

Apesar de outra grande empresas brasileira ter esbarrado em problemas com a administração equatoriana, para a Andrade Gutierrez Concessões, a reivindicação do governo de Rafael Correa se justificava, segundo Monteiro.

“O aeroporto existente é um ativo deles e houve aumento para dois dígitos do tráfego. Era natural que pedissem a renegociação. Nós teríamos feito o mesmo”, afirma Monteiro.

A principal mudança, segundo o executivo, foi que “antes pagávamos 8% dos resultados econômicos do projeto e passaremos a pagar 26%, quando o aeroporto estiver pronto”.

A construção do novo aeroporto, que fica a cerca de 20 km de Quito e deverá estar pronto em abril de 2012, será financiada por dívida com bancos, aporte dos acionistas e com recursos oriundos do aeroporto existente.

“Os problemas regulatórios já duravam um ano e a assinatura foi um passo decisivo para a reestabilização do projeto”, diz Frederico Dieterich, sócio do escritório de advocacia Azevedo Sette, que assessorou a empresa.

Matéria publicada hoje no jornal Folha de São Paulo