Ranking mundial de fusões tem quatro bancas do Brasil


Ranking mundial de fusões tem quatro bancas do Brasil


São Paulo, 4 de Julho de 2008 – Quatro escritórios brasileiros aparecem no ranking das dez bancas jurídicas que mais participaram (em valor) de operações de fusões e aquisições completadas, na América Latina, no primeiro semestre deste ano. O escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados aparece em terceiro lugar e é o primeiro brasileiro no ranking. Os dados são da Thomson Reuters.

O sócio do Mattos Filho, Pedro Withaker de Souza Dias, comemora a colocação da banca. “O Mattos Filho aparecer neste ranking internacional é reflexo do fluxo de investimentos estrangeiros ao País”, afirma. Para o advogado, hoje em dia, qualquer companhia que pense em expansão global, lembra-se do Brasil: pelo mercado consumidor e estabilidade econômica. Uma das operações fechadas pelo escritório no primeiro semestre desse ano foi a venda da MMX para a Anglo American. O escritório assessorou a MMX.

Já o Machado, Meyer, Sendacz & Opice Advogados ficou em quarto lugar. O sócio Carlos José Rolim Mello ficou satisfeito com a notícia. “São operações que demandaram um tempo muito grande e várias pessoas do escritório”, diz. E o advogado é otimista quanto ao segundo semestre. “O mercado está quente”, diz. O escritório assessorou, por exemplo, a venda da MB Engenharia pela Brascan.

O Pinheiro Neto Advogados aparece em seguida no ranking semestral. O advogado Fernando Alves Meira explica que muitas das empresas que abriram capital nos anos anteriores estão fomentando aquisições esse ano. “Um dos exemplos são os fundos de private equity fazendo aquisições de empresas de médio e grande porte”, afirma Meira. Uma das operações assessoradas pela banca foi a venda de postos da Esso no Brasil para a Cosan.

O advogado Fernando Azevedo Sette, do Azevedo Sette Advogados, também apreciou a aparição do escritório no ranking. “Estamos em um ano extrordinário dessas operações, reflexo do que ocorreu desde o segundo semestre de 2007. O declínio das operações de abertura de capital e o excesso de liquidez nessa época levou à concentração de mercado, que se concretizou em fusões e aquisições.”

O advogado destaca que as fusões e aquisições vem acontecendo, no Brasil, em todos os setores econômicos. “Os setores de siderurgia, lácteos, bancário, comércio e serviços estão, hoje, nesse processo de concentração”, comenta. A banca participou, entre outras, da compra da JMendes pela Usiminas e da aquisição da Vida Seguradora pela Mapfre.

Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 10)(Laura Ignacio